O Parque Arqueológico do Vale do Côa (PAVC) vai ver classificado como monumento nacional um conjunto de sítios arqueológicos.
O conjunto de sítios arqueológicos foram na sua maioria, descobertos após a classificação da região como Património Mundial da UNESCO. "Temos mantido no terreno, em permanência, pelo menos um arqueólogo, que ao longos dos últimos anos tem vindo a fazer prospeção e vai identificando sítios e confirmando informações que surgem no seio da população local, tendo este trabalho dado os seus resultados, " disse hoje a Lusa, o diretor do PACV, António Batista.
Desde a revelação das gravuras rupestre do Vale do Côa, em 1995, continuam a acrescentar-se novas descobertas e hoje são mais de 70 os sítios arqueológicos já identificados, havendo outros que vão ser classificados ou reclassificados, aumentado para mais do dobro o número de locais de interesses arqueológico. "Perante este cenário, estamos sempre a recolher informação, que depois é disponibilizada no centro de interpretação”, afirmou, recordando que já foram registadas “mais de um milhar de rochas gravadas no paleolítico superior". Na quarta-feira foi publicada em Diário da República (DR) a alteração da classificação como monumento nacional de um conjunto dos sítios arqueológicos no Vale do Rio Côa, no concelho de Vila Nova de Foz Côa, que vai ser classificado como monumento nacional pelo Decreto n.º 32/97, de 2 de julho, e inscrito na lista do Património Mundial da UNESCO em 1998. Os sítios arqueológicos de arte rupestre de "Fonte Frieira", "Vale das Namoradas", "Vale de Figueira/Teixugo", "Quinta da Barca" e "Quinta de Santa Maria de Ervamoira", integrado num conjunto arqueológico do Vale do Rio Côa, serão classificados como monumento nacional.
A reclassificação de outros pontos de interesse, de forma a integrar os núcleos de arte rupestre constam os conjuntos de "Canada da Moreira", "Vermelhosa", "Foz do Côa", "Vale de Cabrões", "Vale de José Esteves", "Alto da Bulha", "Canada do Amendoal" e "Vale do Forno", estão atualmente em vias de classificação. O PAVC ocupa uma área de cerca de 20 mil hectares de terreno, sendo que alguns dos sítios são de "difícil acesso" para investigadores e visitante e onde "a prospeção arqueológica vai continuar". Por outro lado, os técnicos do PAVC fazem o acompanhamento de outros achados nas regiões vizinhas do Douro, Águeda e Sabor. Um dos exemplos são as pinturas da Fraga do Gato, localizadas na calçada de Alpajares, no concelho de Freixo de Espada à Cinta e que vão ser classificadas como imóvel de interesse público, segundo a edição de hoje do DR. "Trata-se de um pequeno abrigo na rocha que tem duas figuras pintada datadas do Paleolítico, e que representam uma lontra e um bufo. Este espaço torna-se num dos únicos abrigos ao ar livre com este tipo de arte, sendo por isso uma caso raro", concluiu António Batista.
Fonte: Guarda
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