quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Greve Geral. Museu do Côa encerrado e algumas escolas de portas fechadas
O Museu do Côa está encerrado, o Parque Arqueológico não tem visitas no dia de hoje e algumas escolas do distrito da Guarda estão de portas fechadas, devido à greve geral, disseram à Lusa fontes sindicais.
Segundo o sindicalista Pedro Branquinho, do Sindicato da Função Pública, dos 27 funcionários que asseguram o funcionamento do Museu e as visitas ao Parque Arqueológico do Vale do Côa, em Vila Nova de Foz Côa, "só estão dois a trabalhar".
Devido a este cenário, o presidente do conselho de administração da Fundação que gere os dois serviços decidiu "fechar" o Museu e "encerrar" as visitas guiadas às gravuras rupestres do Vale do Côa, contou.
Pedro Branquinho adiantou que a greve também está a afetar o Centro Educativo do Mondego, afeto ao Ministério da Justiça, que "funciona com os serviços mínimos", e originou o encerramento do Centro Escolar de S. Romão, em Seia.
No setor da justiça disse que no distrito da Guarda apenas tem conhecimento "que faltam magistrados e funcionários" em tribunais mas não estão serviços encerrados.
Na educação, segundo Sofia Monteiro, do Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC), estão fechadas as escolas do 1.º ciclo do ensino básico Augusto Gil e Adães Bermudes, na Guarda, e a escola de Lageosa do Mondego, em Celorico da Beira.
"Apenas registamos paralisações pontuais. As sedes de Agrupamentos estão a funcionar e as escolas do ensino superior também", adiantou Asdrúbal Lero, do Sindicato dos Professores da Zona Centro (SPZC).
O coordenado distrital do SPRC observou que aderiu à paralisação nacional "uma pequena percentagem de docentes", daí apontar uma "fraca adesão".
No Hospital Sousa Martins, segundo o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, no período noturno, dos 40 enfermeiros escalados 25 fizeram greve.
Segundo o sindicato, a adesão dos profissionais é de 62,5 por cento, tendo sido registada uma aderência de 100 por cento em 11 de um total de 19 serviços hospitalares.
No setor privado, o sindicalista Pedro Branquinho referiu o caso da fábrica Dura - Automotive Portuguesa, no concelho da Guarda, que se dedica à produção de acessórios para a indústria automóvel, com cerca de 130 trabalhadores, onde a adesão à greve, no turno da manhã, registou "entre 14 a 17 por cento".
Na análise global, o dirigente do Sindicato da Função Pública, reconhece que a adesão à greve ficou "longe" das previsões.
"Há um motivo de grande indignação, mas há adesões pouco significativas. O distrito deu o seu contributo para a greve geral, mas temos que analisar, em alguns setores, o que motivou a situação", disse.
A greve geral foi convocada pela CGTP-IN e UGT para contestar as recentes medidas de austeridade do Governo, nomeadamente os cortes nos subsídios de férias e de Natal dos funcionários e pensionistas do setor público.
Fonte: IOnline
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