quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Arte do Côa em exposição na Presidência do Conselho de Ministros

Fundação Côa Parque
Os 25 mil anos da Arte do Côa estão expostos na Secretaria Geral da Presidência do Conselho de Ministros, em Lisboa, numa exposição até meados de março, sob o tema "Vale do Côa: singularidades de um território". Em declarações prestadas hoje à agência Lusa, o presidente da Fundação Côa Parque (FCP), Bruno Navarro, disse que é a primeira vez que a Secretaria Geral da Presidência do Conselho de Ministros abre portas a uma iniciativa cultural deste género. "Esta ideia passa por divulgar, o mais que possível, a arte pré-histórica do Vale do Côa, considerando que Lisboa, é um dos alvos preferências da nossa ação de divulgação e, ao mesmo tempo, associar o Côa e a sua arte, a um centro de decisão e de poder como é a Presidência do Conselho de Ministros", frisou o dirigente. Bruno Navarro sublinhou que esta exposição, na Presidência do Conselho de Ministros, significa um envolvimento do Governo na reabilitação e renovação no projeto arqueológico do Vale do Côa. 


Além da exposição, há ainda um conjunto de visitas guiadas, às segundas-feiras, dirigidas ao grande público. Em simultâneo, está a ser feito um trabalho junto das escolas de Lisboa (5.º,7.º e 10.º anos), onde se mostra a arte rupestre pré-histórica, fora dos manuais escolares. "Estes contactos servirão para que, no futuro próximo, os intervenientes possam visitar o Museu e o Parque Arqueológico do vale do Côa, em Vila Nova de Foz Côa", indicou o presidente da FCP. Esta iniciativa é da responsabilidade da Secretaria Geral da Presidência do Conselho de Ministros e da FCP, estando inserida nas comemorações no 19.º aniversário da classificação do Vale do Côa, como Patrónimo Mundial da Humanidade, pela Unesco. "Para o dia 04 de fevereiro está agendada uma outra visita, nos mesmos moldes", indicou a organização do evento. Para domingo, às 15:00, está também marcada uma visita guiada à exposição na Secretaria Geral da Presidência do Conselho de Ministros, que será dirigida por Bruno Navarro. 


 "Além da realidade da arte rupestre do Vale do Côa, queremos avançar com uma reflexão no sentido de divulgar o património edificado, o histórico e natural deste território que abranges os concelhos de Foz Côa, Figueira de Castelo Rodrigo, Pinhel e Mêda (Guarda) ", especificou. A museografia do Côa foi concebida dentro de todo "o rigor científico", como uma mostra explicativa dos ciclos de arte rupestre do Baixo Côa e Douro Superior, que se iniciaram no Paleolítico superior, há mais de 25.000 anos. Segundo os especialistas, mais do que um museu de arqueologia, o Museu do Coa é, em primeiro lugar, um museu de arte, com obras quer dos caçadores-artistas do Gravetense, quer dos últimos moleiros rupestres da Canada do Inferno.

FONTE: DN

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Centro de alto rendimento do Pocinho acolheu uma dezena de seleções de remo desde 2016

Centro de Alto Rendimento Remo do Pocinho

Cerca de uma dezena de seleções nacionais de remo e canoagem, de vários países da Europa, passaram pelo Centro de Alto Rendimento Remo (CARR) do Pocinho desde a sua inauguração em 2016, indicou hoje a entidade gestora do equipamento. A este número, juntam-se mais de um milhar de praticantes de outras modalidades desportivas amadoras e profissionais, que vão desde o futsal ao ciclismo. «O ano de 2018 será de afirmação para um equipamento desportivo, considerado de extrema importância para o desenvolvendo da economia do território duriense e para a sua promoção além-fronteiras», disse à Lusa o presidente da Câmara de Vila Nova de Foz Côa, Gustavo Duarte. Para os meses de janeiro e fevereiro está confirmada a presença das seleções nacionais de remo e canoagem da Holanda e da Noruega. 

Uma equipa de remo de Oxford (Inglaterra) está igualmente confirmada para o mês de abril. Para além destas e entre outras seleções nacionais da modalidade, já passaram pelo CARR do Pocinho, seleções como a da Rússia, Estónia e Suíça ou a dupla olímpica de remadores portugueses Pedro Fraga/Nuno Mendes entre outros. «Trata-se de um equipamento, quer do ponto de vista funcional quer arquitetónico, que tem arrebatado prémios internacionais e tem sido distinguido como um dos melhores do seu género a nível mundial, quer pelos atletas quer pelos seus treinadores», enfatizou o edil. Outras das modalidades que vai tem como base o CARR do Pocinho é o "trail" (uma atividade que conjuga o exercício físico com a contemplação da natureza), estando agendadas duas provas, uma para março outra para outubro e que reuniram, centenas de praticantes.

Fonte: OInterior

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Vila Nova de Foz Côa vai dispor de um orçamento de 12,5 milhões de euros

Futura Foz Côa Story House


O município de Foz Côa vai dispor de um orçamento de 11,5 milhões de euros que contempla investimentos em dois projetos "emblemáticos" como o hotel "Foz Côa Story House" e a requalificação do mercado municipal. "Ambos os projetos urbanísticos serão para avançar no decurso de 2018", indicou hoje à Lusa o social-democrata Gustavo Duarte, presidente da câmara. A construção do hotel "Foz Côa Story House" tem uma dotação financeira, que ronda os dois milhões de euros, que passa pela criação, no centro histórico da cidade, de um espaço "único" que será um centro turístico que vai contar a história do território e ajudar a recuperar um edifício devoluto no centro histórico. "Este espaço, que além de quartos contará com um restaurante e um 'wine bar', irá "contar" a história de Foz Côa em diversas vertentes", concretizou. 

Segundo o autarca, outro dos projectos passa pela reconversão do mercado municipal da cidade, tida como uma iniciativa "arrojada", e que irá contar com "mais de dois milhões de euros" de investimento. "A promoção turística de um concelho, detentor de duas classificações da Unesco como património mundial é outras das expectativas para 2018", indicou. O orçamento municipal prevê ainda investimentos na área da educação com a contratação de técnicos e professores para ajudar a combater o insucesso escolar. "Trata-se de um protejo já aprovado do no âmbito da Comunidade Intermunicipal do Douro, com uma dotação de 300 mil euros", frisou o autarca. 

Entrada do Mercado Municipal


Por seu lado, o vereador eleito pelo PS, Jorge Marçal, disse que a força politica que representa votou contra o orçamento municipal, por se tratar de um documento "com pouca ambição". "Há uma preocupação, excessiva, com a despesa corrente e pouca ambição com projetos de investimento, tendo em vista o desenvolvimento do concelho", frisou o vereador socialista. 

Do lado da coligação "UNE" que junta o CDS-PP, Nós, cidadãos! e PPM, os eleitos para a Assembleia Municipal, avançam que o orçamento, apesar de aprovado, "não vai ao encontro dos anseios das populações". "Não é um orçamento de proximidade com munícipes ou com o associativismo local. Sempre defendemos que as pessoas estão primeiro e este orçamento, não defende essa linha", explicou o deputado municipal representante da "UNE", Rui Reininho. 

Eventos culturais e recreativos como a Feira do Vinho do Douro Superior, Cine-Côa e Festividades da "Flor da Amendoeira" fazem também parte do plano de investimentos. A remodelação da rede de saneamento básico será outro dos investimentos. O orçamento municipal de Vila Nova de Foz Côa, no distrito da Guarda foi aprovado por maioria na última assembleia municipal. O concelho duriense de Vila Nova de Foz Côa tem uma população residente de 7300 habitantes, segundos os Censos de 2011, que estão distribuídos por 14 freguesias. 

FONTE: DN

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017



A GNR anunciou hoje a detenção, em Vila Nova de Foz Côa, no distrito da Guarda, de uma mulher de 42 anos, por posse ilegal de armas. 

Segundo fonte do Comando Territorial da GNR da Guarda, a mulher, detida por militares do Núcleo de Investigação Criminal da Guarda no âmbito de uma busca domiciliária, estava na posse de uma espingarda semiautomática calibre 12, de uma espingarda de canos laterais do mesmo calibre, de um revólver calibre .32, de uma pistola de 6,35 milímetros e de 124 munições de vários calibres. A suspeita foi constituída arguida e sujeita a termo de identidade e residência, adianta a GNR.

Fonte: beira.pt

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Centro de Remo de Alta Competição candidato ao Prémio Mies van der Rohe 2015




São 19 os projectos de arquitectura concretizados em Portugal candidatos à edição do próximo ano do Prémio Mies van der Rohe, a distinção, bienal, mais relevante para a arquitectura europeia, instituída pela fundação com o nome do famoso arquitecto alemão (1886-1969), com sede em Barcelona. Na lista global de 420 candidaturas anunciadas pela Fundação Mies van der Rohe, são as seguintes as obras construídas, nos últimos dois anos, em território português: Torre de Palma Wine Hotel, em Monforte, Portalegre, de João Mendes Ribeiro; o mesmo arquitecto é o autor do Centro de Artes Contemporâneas de Ribeira Grande, Açores, também citado; Casa no Tempo, residência em Montemor-o-Novo, do atelier Aires Mateus & Associados; Hotel Quinta do Lobo Branco, em Penafiel, do atelier And-Ré (Bruno André e Francisco Salgado Ré); ampliação do Museu Marítimo de Ílhavo, do ARX Arquitectos (Nuno Mateus e José Mateus); Casa da Bouça das Cardosas, em Paredes de Coura, do Atelier da Bouça (Filipa Guerreiro e Tiago Correia); Adega Alves de Sousa, na Cumeeira, Santa Marta de Penaguião, de António Belém Lima; percurso pedonal da Baixa Pombalina ao Castelo de S. Jorge, em Lisboa, de Falcão de Campos; reabilitação e ampliação do Museu Nacional Machado de Castro, em Coimbra, de Gonçalo Byrne; remodelação geral da sede do Banco de Portugal, em Lisboa, também de Gonçalo Byrne; Data Center da Portugal Telecom na Covilhã, de João Luís Carrilho da Graça; edifícios centrais do Parque Tecnológico de Óbidos, de Jorge Mealha; Museu da Oliveira e do Azeite, em Mirandela, de Manuel da Graça Dias e Egas José Vieira; Centro Cultural de Castelo Branco, de Josep Lluis Mateo; Casa Pátio, em Grândola, do atelier Promontório (João Luís Ferreira, João Perloiro, Paulo Perloiro, Paulo Martins Barata e Pedro Appleton); modernização da Escola Lima de Freitas, em Setúbal, de Ricardo Carvalho e Joana Vilhena; pavilhão multiusos de Viana do Castelo, de Eduardo Souto de Moura; Casa E/c, em São Roque do Pico, Açores, do atelier SAMI; e Centro de Remo de Alta Competição em Vila Nova de Foz Côa, de Álvaro Fernandes Andrade. No comunicado em que divulga a lista das 420 candidaturas, a Fundação Mies van der Rohe destaca que 27% dos projectos dizem respeito a residências e 24% a centros e instituições culturais. E anuncia também, como novidade, a criação de um Prémio para um Jovem Talento da Arquitectura, a acrescentar ao grande prémio e ao das arquitecturas emergentes. 


A partir desta lista inicial, um júri presidido pelo arquitecto italiano Cino Zucchi vai escolher no final do mês de Janeiro os nomeados para o prémio final, que será anunciado em Maio. Lançado em 1987 numa parceria da Fundação Mies van der Rohe com a Comissão Europeia – que suportam, em conjunto, o prémio de 60 mil euros + 20 mil euros para o das arquitecturas emergentes –, este prémio teve como primeiro vencedor Álvaro Siza, em 1988, com o projecto do Banco Borges & Irmão, em Vila do Conde. A lista dos posteriores premiados conta com figuras como Rem Koolhaas, com a Embaixada de Holanda em Berlim, Normal Foster, com o Aeroporto de Stansted, na zona metropolitana de Londres, Dominique Perrault, com a Biblioteca Nacional de França, em Paris, ou Rafael Moneo, com o Auditório Kursaal, em San Sebastian. 

Fonte: Publico

domingo, 14 de dezembro de 2014

Novos achados no Vale do Côa



O Parque Arqueológico (PAVC) e o Museu do Côa assinalaram esta semana os 20 anos da descoberta da arte paleolítica do Vale do Côa, em 1994, e os 16 anos da sua classificação como Património Mundial pela UNESCO. A efeméride foi recordada com visitas gratuitas às gravuras e ao museu, onde, no sábado, abriu ao público a chamada Sala D. O espaço esteve encerrado durante mais de três anos devido a problemas técnicos entretanto resolvidos. A partir de agora, os visitantes já podem aceder à mais antiga arte do Côa até agora descoberta – o “santuário arcaico paleolítico” da Penascosa/Quinta da Barca, no concelho de Vila Nova de Foz Côa. Segundo o diretor do PAVC, esta é a sala é onde melhor se explica o período mais antigo da arte do Côa e o seu aspeto mais figurativo. «É uma pena que tenha estado fechada ao longo de tanto tempo», assume António Martinho Batista, adiantado que ali estão colocadas réplicas de gravuras rupestres do Paleolítico Superior únicas no mundo e que ficariam submersas caso a barragem no rio Côa fosse construída. 



A remodelação da sala D foi financiada por fundos do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) através do programa Novo Norte (ON2). As comemorações ficaram ainda marcadas pela revelação de que, no último ano, foram descobertos novos sítios que poderão datar até ao Paleolítico Médio, revelou aquele responsável. Trata-se de achados do «período grafetense», com cerca de 30 mil anos, e provavelmente com níveis de ocupação até anteriores, o que vai ser apurado com novas escavações em 2015. «Mantemos equipas de técnicos em permanência no terreno e no sítio da Cardina, onde foram feitas duas campanhas de prospeção arqueológica que revelaram um fundo de cabana idêntico aos raríssimos que há na Europa», descreve Martinho Batista. Esta descoberta poderá confirmar que o Vale do Côa já era ocupado antes do período das gravuras rupestres. «É um dado muito importante, pois é possível que fundos de cabana como os agora encontrados no Vale do Côa possam ir até à época do homem de Neandertal, ou seja, até quase 50 mil anos atrás ou até mais», destaca o diretor do PAVC. 


Fonte: O Interior

Vale do Côa aproxima alunos do património natural da região


Vila Nova de Foz Côa, Guarda, 11 dez (Lusa) - O Parque Arqueológico do Vale do Côa e a Associação Transumância e Natureza estão a promover, em parceria com a Fundação Côa Parque, o programa BioCôa, para aproximar alunos do património natural regional, divulgou hoje fonte ligada à iniciativa. Segundo a direção da Fundação Côa Parque, o projeto educativo tem o objetivo de aproximar os estudantes do património natural existente na região e sensibilizá-los para a importância da conservação da flora e fauna autóctones, inserindo-se num projeto educativo mais amplo baseado na arte rupestre da região, Património da Humanidade desde 1998.


Assim, os alunos dos agrupamentos de escolas dos concelhos na área do Parque Arqueológico do Vale do Côa (Figueira de Castelo Rodrigo, Pinhel, Vila Nova de Foz Côa e Mêda, distrito da Guarda) têm a oportunidade de participar em atividades que visam promover o envolvimento com a natureza. "Para além das sessões teóricas sobre a fauna e flora do Vale do Côa, realizam-se também oficinas de plantação de árvores. No final, cada aluno levará para casa a sua árvore, que deverá cuidar, para plantar, no ano seguinte, na Reserva da Faia Brava", adianta a fundação, em comunicado. "Considerando que a ligação afectiva das comunidades locais ao património é de extrema importância para a salvaguarda, vivência e partilha dos valores patrimoniais, tem vindo a ser desenvolvido um trabalho consistente e continuado de modo a estimular o reforço do papel da população local, como parceira activa na gestão, preservação e conservação dos valores patrimoniais do Vale do Côa, mas também como um ator indispensável no desenvolvimento sustentável da região", acrescenta a fundação. 


Visitas guiadas, oficinas de arqueologia experimental, exposições itinerantes, actividades nas férias escolares, são exemplo das iniciativas promovidas no âmbito deste projecto educativo, destinadas, sobretudo, a envolver os alunos pedagógica e ludicamente com a arte rupestre e o seu contexto natural. Nos últimos anos têm sido promovidos pelo Museu do Côa vários cursos de formação de novos guias de arte rupestre e do Património regional, de olaria tradicional ou de empreendedorismo cultural.